A pseudo intelectualidade verborrágica da classe política e a prolixidade das frases da efeito sem efeito nenhum.
Jorge Linhaça
A cada dia que passa fico mais perplexo com a capacidade que os governantes tem de não dizer absolutamente nada de útil ou inteligente gastando preciosos minutos ou horas em suas elucubrações.
A arte de muito falar , sem nada dizer, parece ser um curso frequentado pela grande maioria dos políticos , não só no Brasil mas em todo o mundo.
A assembléia da ONU é um exemplo disso, cada um querendo falar mais do que o outro e nada produzindo de útil.
O Lula -lá cobrando atitudes dos países ricos quanto ao aquecimento global, mas esquecendo-se que as queimadas e o desflorestamento continuam a destruir vastas extensões do cerrado e das florestas, sem que os responsáveis sejam punidos.
O Obama dizendo que os outros países não pode esperar que os Estados Unidos resolvam os problemas do mundo mas esquecendo-se de que basta o mesmo não crie mais problemas pelo mundo afora como o seu antecessor. Afinal a "crise mundial" começou no seu próprio quintal e , devido à influência do "american dream" foi que espalhou-se pelo mundo, principalmente pelas instituições financeiras e subsidiárias das empresas norte-americanas em um efeito cascata talvez sem precedentes.
O presidente da Líbia, perdido como charuto em boca de bêbado, começou por elogiar Obama, saudando-o como "nosso filho" e terminou por rasgar uma cópia do documento que criou a Organização das Nações Unidas onde ele próprio fazia o seu teatrinho.
O presidente iraniano ria debochadamente dos que o acusavam de terrorista.
Para quem não está ligando o cargo à pessoa, esse é o mesmo maluco que vive gritando aos quatro ventos que o holocausto não existiu e que foi tudo um golpe das nações unidas para criar o Estado de Israel.
Após a reunião e os discursos vazios , onde não se esqueceu de dizer que é inadmissível que a ONU continua a manter o mesmo ritmo e os mesmos parâmetros criados ao final da Segunda Guerra Mundial e que o Brasil como uma país "poderoso" merece um lugarzinho no Conselho de Segurança da entidade,
nosso " ingênuo" presidente foi negociar sabe-se lá o que com o presidente o Irã...
Depois ainda se saiu com mais uma pérola digna do mais alienado dos seres:
"Isto aqui não é um clube de amigos, assim como o Brasil tem o direito de usar a energia nuclear para fins pacíficos o Irã também tem o mesmo direito"
Das duas uma, ou o Brasil está pensando em montar um exército com arsenal nuclear ou o nosso torneiro mecânico é incapaz de separar alhos de bugalhos.
Lula vive pregando a democracia, no entanto está sempre se aproximando de ditadores e tomando partido de terroristas e daqueles que querem se perpetuar no poder. Isso me soa no mínimo estranho. Talvez seja saudosismo da Cortina de Ferro e das ditaduras socialistas, talvez seja uma maneira de dizer: "Eu queria ser igualzinho a você , companheiro".
A verdade é que é impossível ser democrata apoiando os desmandos de Hugo Chaves , por exemplo, a não ser que nosso presidente tenha algum complexo de Quico.
Lula discursa mundo afora dizendo que o Brasil perdeu o complexo de inferioridade, mas age como se o Brasil fosse uma republiqueta qualquer que precisa-se ser aplaudida pela escória para sentir-se aceita no cenário mundial.
Talvez nosso presidente deve-se preocupar-se mais com o que acontece em nosso país do que com a crise hondurenha, por exemplo. Enquanto ele viaja pelo mundo afora , dando pitaco em assuntos internos de outros países, aqui no quintal de sua casa de veraneio, coisa que parece ter aprendido com o FHC, apenas visitando o Brasil de vez em quando, ministros e governadores chamam um ao outro de homossexuais enrustidos ou assumidos.
Enquanto a embaixada brasileira em Honduras serve de abrigo para o presidente deposto e torna-se pivô de um crise internacional, o povo brasileiro não encontra abrigo sem seu próprio território contra a verdadeira guerra civil que campeia pelas grandes cidades, onde a moda agora é dar ao cidadão comum o seu dia de ladrão, obrigando-o a ajudar o crime organizado a roubar caixas eletrônicos e bloquear as estradas e avenidas com ônibus e veículos para dificultar o acesso da polícia.
Nos morros por este país afora a bandidagem faz e acontece, joga bombas na polícia, faz operações de guerrilha para auferir lucro ou eliminar rivais. enquanto isso os governantes preocupam-se com o aluguel de casas ou a venda de bananas.
E a verborragia come solta, tapa-se o sol com a peneira, responde-se tudo, menos o que foi perguntado dando-se mil voltas no assunto e não chegando a lugar nenhum.
Em 2010 vamos voltar a presenciar os falsos debates na TV , com perguntas previamente aprovadas e estudadas pelos candidatos e seus assessores. Vamos ouvir as promessas de sempre , as mentiras de sempre, o festival de saídas pela tangente sob o compassivo olhar dos "moderadores" dos pseudo-debates.
Todos vão fingir esquecer que alguns candidatos são incapazes mesmo de cumprir seus mandatos até o fim já de olhos nas próximas eleições para cargos mais elevados, como foi o caso do José Serra que elegeu-se prefeito da cidade de São Paulo prometendo a todos que cumpriria o seu mandato mas, dois anos depois candidatou-se a governador. Vamos ouvir promessas de não privatizar os bens do estado para logo adiante vermos a "venda" dos mesmos.
E assim caminha nosso "poderoso" Brasil, o país da moda lá fora, palco da Copa do Mundo de 2014 e quiçá de uma Olimpíada logo a seguir.
Campanha pelas deseleições já!
Pelo direito de por pra fora quem não trabalha por nós.
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domingo, 29 de novembro de 2009
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